11.09.2018

Essa semana bateu forte a saudade de Roma e eu decidi finalmente escrever sobre a parte que mais me agradou da cidade: la cittá eterna, a parte Renascentista. Talvez não seja tão correto definir assim, mas me refiro a parte mais moderna da cidade (e por moderna entende-se das construções datadas dos séculos 16 e 17) onde podemos ver mais clara a influência religiosa Cristã, com suas construções barrocas e góticas espalhadas pelos jardins e ruelas da cidade.

Eu nunca pensei em me apaixonar por Roma, muito menos pela região da fontana di trevi, mas confesso que ela foi o ponto alto da viagem, sendo de longe a experiência que mais me marcou nessa viagem. Por isso espero que gostem das fotos e dos relatos e entendam melhor porque é chamada de la cittá eterna!

Falar de Roma é estar aberto ao antigo e ao caótico. No entanto, essa parte que circunda a Via del Quirinale, perto da Fontana di trevi e subindo para vila Borghese é sem duvidas a região mais encantadora da cidade. Aqui o caótico ganha todo um charme e o antigo adquire um tom romântico impossível de não se apaixonar. As construções cheias de detalhes, as cafeterias e ristorantes a céu aberto nos convidam a escrever todo um roteiro em nossa mente, nos transportando para uma época de outrora, cheia de histórias e fantasia. Em várias esquinas pude sentir uma emoção arrebatadora e definitivamente é um lugar energeticamente forte. Por isso vale a pena ir com calma e aproveitar plenamente a experiência que é intensa e promete muito.

 

Fiquei em Roma apenas 2 dias e foi no segundo que eu fui conhecer a região do Palácio Quirinale e da Fontana di Trevi. Fiquei curiosa para conhecer as ruas e avenidas que levam meu nome e entender mais desse passado. Conta a história que essa região é um dos montes sob onde fundaram a cidade de Roma, dedicada ao deus Quirino, que seria a representação do estado Romano. Até hoje essa região abriga prédios do centro político da Itália, sendo o palácio Quirinal a residência oficial do presidente da Itália. Por isso não é incomum encontrar o nome Quirino pela região, coisa que me deixou um pouco lisonjeada.

Outra parte importante da cidade é onde temos os monumentos a Vittorio Emanuele, o homem que unificou a Itália.
Confesso que não sei nada desse período da história, então não me chamou atenção. Apesar de ter ficado curiosa porque muita coisa leva o nome dele. Afinal, quem é esse homem? Confesso que pensei quase a viagem toda.

 

Após uma caminhada longa por essa região do poderio da cidade, fui conhecer a fontana di trevi. Não diria que essa foi uma viagem romântica, mas esse trecho pegou um pouco. Aquele clima quente, aquela fonte linda, música de fundo… Tomei um gelatto e esperei o anoitecer. Caminhando pelas ruelas no cair da noite, achei o que seria uma boa cafeteria e por sugestão do B., paramos para tomar um cafézinho de fim de tarde.

 

 

 

E que café. A primeira coisa que reparei foram as mesas perfeitas com pé de ferro e tampo de mármore, do jeito que eu sempre sonhei em ter. Eu sempre tive essa coisa de desenhar objetos na minha cabeça mas é tão raro quando eles se materializam que quando eu vi essa imagem parecia que tinha saído direto da minha cabeça. E como fiquei maravilhada! Sobretudo pela combinação com a cadeira thonet e o jarro de rosas brancas. Uma composição que eu pessoalmente faria com toda certeza. E diria que essa foi a cena mais bela de toda viagem. E que me inspira até hoje.

Sentada ali, vi as pessoas passarem com seus lindos chapéus e histórias. Pedi uma torta, cannoli e um café gelado só para constatar mais uma vez a perfeição da comida italiana. Sério, é realmente a melhor do mundo.

 

E depois de horas de conversa e observação ao som de música e café gelado, cai de amores por Roma. Fazendo dessa cafeteria a minha favorita da cidade. Mas logo chegou a necessidade de jantar. E ali mesmo, perto de muitas ruelas encantadoras, sentei para comer uma autêntica pizza marguerita. E com muito vinho branco, claro, afinal era verão.

 

Fechei a noite andando sem rumo por toda a região da Piazza Venezia, um pouco bêbada, confesso. Mas foi uma tarde e noite encantadoras que me fizeram entender perfeitamente porque as pessoas chamam Roma de “la cittá eterna”. É realmente imortal. Não importa quanto séculos, todo o brilho e encanto como uma película de Fellini. Mal vejo a hora de regressar e poder curtir um pouco mais dessa experiência. Até lá, deixo registrada essas memórias do dia que guardo em meu coração, o sentimento de re-conexão com a minha história o e sabor do café gelado.

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